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De ETFs a FIDCs, especialistas apontam melhores fundos para capturar oportunidades na renda fixa em meio à alta das taxas

Publicado por InfoMoney ­– 31/08/2021 Leia a matéria na íntegra

Alta da taxa Selic tem resultado em interesse crescente por parte dos investidores, que precisam se atentar ao seu perfil de risco antes de tomar decisão

Por Lucas Bombana

 

O trabalho do Banco Central (BC) para conter o avanço da inflação por meio da elevação da taxa Selic, bem como os riscos políticos e fiscais no radar, tem atraído muito investidor de volta para a renda fixa. Neste cenário, os fundos de investimento se destacam como uma das principais alternativas encontradas pelos interessados para capturar as oportunidades na classe.

Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que em 2021, até 25 de agosto, fundos de renda fixa tiveram captação líquida de R$ 191,2 bilhões, cerca de 65% do total captado pela indústria como um todo no intervalo e revertendo a tendência observada no ano passado. Em 2020, com a taxa básica de juros nas mínimas históricas, a categoria de renda fixa teve saída líquida de R$ 41,2 bilhões.

Boa parte do dinheiro tem sido destinada para as aplicações mais conservadoras disponíveis, como os fundos DI, que, após terem registrado retorno real negativo nos últimos meses, ou seja, abaixo da inflação, prometem ganhos mais polpudos mirando o horizonte de 12 a 24 meses à frente.

Vale lembrar que, em 12 meses, até o dia 27, o CDI acumulava variação de 2,7%, enquanto a inflação medida pelo IPCA-15, prévia do indicador oficial brasileiro, registrava alta de 9,3%, até agosto.

Os dados da Anbima mostram que, do volume captado pelos fundos de renda fixa neste ano, a maior parcela, R$ 117,8 bilhões, ou aproximadamente 62%, foi destinada para aqueles classificados como “Renda Fixa Duração Baixa Soberano”, como os fundos DI que se propõem a acompanhar o rendimento do CDI.

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FIDCs

Em linha parecida, David Kim, gestor da More Invest, aponta a predileção pelos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs). Na categoria, os empréstimos financiados pelos investidores se destinam a atender às necessidades de empresas de pequeno e médio porte, de maior nível de risco e expectativa de retorno, na comparação com os veículos que investem em títulos grau de investimento, das maiores empresas do mercado.

Segundo o gestor da More Invest, a taxa de retorno nesses casos costuma variar ao redor de CDI mais 3,5% a 5,5% ao ano, com uma expectativa de ganho nominal acima dos dois dígitos conforme o BC avançar com o processo de aperto monetário. “Os FIDCs são a alternativa que mais gostamos dentro da renda fixa”, afirma Kim.

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