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Retorno com dividendos em fundos imobiliários de escritórios é o menor desde 2019; vale a pena investir?

Publicado por InfoMoney ­– 19/11/2020 Leia a matéria na íntegra

Na avaliação de gestores, ainda que o cenário de curto prazo seja desafiador, imóveis bem localizados e de alto padrão continuam atrativos para o investidor

Por Mariana Zonta d’Ávila

 

Se para empresas de tecnologia ou de varejo eletrônico o trabalho remoto tem sido um aliado dos negócios nos tempos atuais de pandemia, para o mercado de escritórios, a história tem sido diferente, com aumento nas devoluções de imóveis e redução nos valores dos aluguéis.

Como consequência, a distribuição de dividendos para cotistas de fundos imobiliários de lajes corporativas está sob pressão.

Levantamento feito pela Economatica a pedido do InfoMoney mostra que a mediana de dividend yield (retorno percentual com a distribuição de rendimento sobre o valor da cota) de 12 meses dos FIIs de escritórios negociados na Bolsa caiu para 5,28% em outubro. Este é o menor valor desde janeiro de 2019 (5,18%). Há um ano, a mediana de DY era de 6% no segmento.

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Yuri Bialoskorski, gestor da gestora de patrimônio More Invest, explica que, para além do efeito do aumento das taxas de vacância sobre os dividendos, a crise levou muitas empresas a renegociarem os preços de aluguéis, com reflexo sobre os proventos distribuídos pelos fundos.

“Seja por meio de diferimentos [postergamento de pagamentos] ou por descontos ao longo de meses, os proprietários negociaram para manter os inquilinos e as empresas saudáveis. Foi um período em que muitos fundos atuaram com os locatários para que as empresas não quebrassem. É mais fácil dar desconto do que buscar outro inquilino”, afirma.

E o impacto da epidemia não foi imediato em todo o segmento. Multas pagas por empresas que desocuparam imóveis ao longo do ano continuaram a gerar renda durante alguns meses, provocando um efeito tardio sobre os dividendos pagos por fundos imobiliários aos seus cotistas.

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Na More Invest, a posição em fundos imobiliários dos clientes de perfil moderado está em 7,5%, acima da média histórica da gestora, de 5%. A alocação da gestora de patrimônio é feita por meio do fundo de fundos imobiliários More Real Estate (MORE11).

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